domingo, 29 de dezembro de 2013

Ânsias

Nauseada. Dores num estômago que aperta sem razão. É preciso esquecer, engolir o comprimido, dormir sem sonhar, dormir apenas, descansar o cérebro de todas as parvoíces que o têm preenchido. Que este ano que nos deu tanto se vá rapidamente, e que o frio dê lugar ao calor, ao pé nu, à mordidela de mosquito, que não se aguenta de marasmo, grito mudo que se engasga na garganta. Abaixo a mediocridade, abaixo o mau gosto, abaixo o egoísmo. Deixem-me só por agora que intervalo a lágrima, o riso e o grito, quero apenas o lume brando, uma cigarra e um lençol de algodão que apenas sirva de peso, espécie de festas no meu pé.

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