segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Um bicho à solta
A coisa mais difícil é materializar as sensações, se fosse fácil, seríamos mais felizes, buscaríamos um livro, uma espécie de dicionário de sensações quando estivéssemos deprimidos, enamorados, zangados ou simplesmente felizes. Relembro então o dia em que como estranhos deambulávamos entre o corredor - e só de relembrar o meu coração acelera-se - à pressa, de fugida, e os nossos ângulos se esticavam para se tocarem, como se tivessem vontade própria. Dizia-te ao ouvido algo que não tinha nada que ver com o que sentia, alguma banalidade, uma parvoíce infantil, mas a minha respiração acelerada contradizia tudo. Um abraço que era suposto ser de carinho, apenas, o suor que denuncia o calor dos dois corpos, lábios que se esticam e só se tocam. A culpa. Vou fumar um cigarro e já venho.
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