domingo, 23 de março de 2014
Papi
Eu, que só sou crente aos deuses que eu própria deifiquei, peço que hoje oiçam os meus pedidos, me dêem um sinal, me injectem de um sono apaziguante e esperançoso. Não há palavras que descrevam esta angústia, este pedaço de coração que emudece e se contrai dolorosamente ao imaginar-te nem sei onde. Onde estás, pai? Que é feito do teu sorriso maroto, da tua mão peluda que me afaga a cabeça? Hoje, mais do que nunca, preciso de saber que me ouves, que sabes que preciso de ti imediatamente, que me ajudes a resolver mais este problema que é o medo aterrador de te perder. Que é feito das nossas vidas sem o teu colo para repousar a cabeça? Pai. Ouve-me. Preciso de ti. Manda-me um sinal numa estrela que caia, uma gota de chuva que me caia na testa, ou então um sinal diferente, imaterial, de que estás connosco aqui e agora. Papi, tu fiómo.
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